top of page

Morte e Vida Sertanina

Faz um bocado que o tempo

Não se prepara pra chuva

Sem ter uma nuvem turva
No céu seco e sem vento
Já da pra ver o sofrimento
Sem crescer a plantação
Vai ser ano de aflição
Se não chover em ‘janero’
E se preocupa o sertanejo

Vendo minguar o sertão

A terra sem força racha
No céu três urubu avisa
Uma novilha que agoniza
Outra que procura pasto e não acha
Só o político que usa a seca relaxa
Cheio de má intenção
Pro sul começa a procissão
Na reza chuva é o desejo
E se entristece o sertanejo
Vendo morrer o sertão



Mas quando o vento do norte
Sopra e esfria o ar
Nuvens começam exalar
O cheiro da chuva a vir forte
Trazendo um ano de sorte
Pasto flora, escorre água no chão
Brota o milho, mandioca e feijão
É fartura de carne, farinha, ovo e ‘quejo’
E se alegra o sertanejo
Vendo renascer o sertão

JÉFFERSON DESOUZA

Cordelista

  • facebook-square
  • twitter-bird2-square
  • blogger-square

© 2014 bai ANDRÉ LUIZ, FELLYPE SANTANA, JÉFFERSON DESOUZA.

bottom of page